Você já ouviu falar sobre marcha na ponta dos pés? Essa é uma condição que está ligada ao hábito de andar na ponta dos pés. Isso pode ocorrer em crianças que não possuem problemas neurológicos.

É possível que esse problema persista em crianças maiores de 2 anos de idade e que fiquem 50% do tempo assim, quando isso ocorre, o quadro passa a ser chamado de “Marcha em Equino Idiopática”.

Embora seja uma condição que cause bastante preocupação entre os pais, existe tratamento e a criança pode andar normalmente. Entre os tratamentos disponíveis está a cirurgia. Confira a seguir mais sobre essa condição e cirurgias indicadas.

O que causa a marcha na ponta dos pés?

Ainda não existe uma causa precisa sobre o que pode influenciar na marcha na ponta dos pés, é por isso que ela é conhecida como uma condição idiopática. Muitos estudos têm sido realizados para investigar os motivos e especialistas indicam que pode ter relação com déficits no processamento das informações sensoriais do sistema tátil.

Conheça as opções de tratamento

A cirurgia é só uma das opções disponíveis para tratamento, veja outros tipos:

  • Fisioterapia;
  • Palmilhas especiais;
  • Aplicação de toxina botulínica;
  • Observação;
  • Gessos seriados;
  • Uso de Órteses Suropodálicas ou AFOs.

É importante entender que cada caso é um caso. Sendo assim, cabe ao especialista analisar o caso do paciente e entender quais os tipos de tratamentos podem ser indicados. 

Veja os tipos de cirurgias para marcha na ponta dos pé

Existem algumas opções de cirurgia para pacientes com marcha na ponta dos pés. Entre elas, estão duas técnicas para alongamento do tendão de aquiles: alongamento na zona II e alongamento na zona III. Saiba mais sobre esses dois tipos.

Alongamento do tendão de aquiles na zona II:

Neste procedimento, o tendão de Aquiles é alongado a partir da região mais distante do tornozelo. Dessa forma, a capacidade de alongar é diminuída, mas a preservação da força e a funcionalidade do tendão são significativamente melhoradas. Geralmente, essa técnica é indicada em casos de encurtamentos mais leves, proporcionando uma abordagem eficaz para o tratamento e a recuperação da mobilidade. Esse método ajuda a reduzir a tensão e promover uma melhor adaptação ao movimento normal, essencial para a reabilitação completa e a manutenção da saúde dos pés e pernas.

Alongamento do tendão de aquiles na zona III:

Essa é uma técnica em que o tendão de Aquiles é alongado na região do tornozelo, especificamente na inserção do tendão calcâneo no osso calcâneo. Neste procedimento, a capacidade de alongar o tendão é significativamente aumentada, no entanto, o enfraquecimento do tendão tende a ser maior como resultado. Essa cirurgia é indicada principalmente em casos de encurtamentos mais graves, onde a abordagem é necessária para restaurar a amplitude de movimento e melhorar a funcionalidade do pé. É uma solução eficaz para tratar deformidades severas e proporcionar alívio em situações onde outras técnicas podem não ser adequadas.

Recuperação da cirurgia

Para que tenha sucesso na recuperação, é muito importante seguir as orientações médicas. Um dos protocolos a serem seguidos é o uso do gesso para ajudar a manter o alongamento da panturrilha. O período que deve ser usado o gesso é de 4 e 6 semanas.

Os pais não precisam ficar preocupados, pois a criança pode andar com o gesso, desde que seja usado o gesso sintético, material mais resistente que o gesso convencional.

Depois do período de uso do gesso, em alguns casos, é necessário o uso de órteses suropodálicas ou AFOs durante 3 e 6 meses. Esse tipo de equipamento ajuda a criança a aprender a se acostumar a andar da forma correta.

Por último, também é importante os cuidados com a fisioterapia que ajuda com o treinamento de marcha e os alongamentos. Esses cuidados ajudam na recuperação e tornam o resultado muito mais eficiente.

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